Caixinha de natal do lixeiro, confraternização em família, som alto na rua sem hora para acabar... Esses são alguns dos acontecimentos que jamais deixam de existir, porém dentre toda essa balbúrdia, brigas cômicas entre familiares e bebedeiras, existe um mundo todo especial, onde nada disso é notável a ponto de influir com significância.
Esse mundo se chama: "Ser criança".
Estar num corpo de criança em festas de fim de ano é simplesmente festa. Muitos nem imaginam do que se trata o Natal e em que consiste o Ano Novo, para eles são apenas palavras, porém palavras que lhes prometem gastar energia da forma que mais gostam, fazer arte, comer e dormir tarde!
Nestas festas já não participo como um menino, porém não deixei de reparar que há outros em meu lugar, que, talvez não como eu, pois os tempos mudaram, mas que fazem arte e dão trabalho à seus familiares e vizinhos.
Assim como eu, muitos pedirão desculpas por estourar a caixa de correios do vizinho com bombas, rasgarem a roupa nova de natal, por entupir a privada com o brinquedo novo, derramar o refrigerante na mesa, arrotar no parente, pediram desculpas por beijar a priminha, galopar no cachorro, subir no telhado e por muitas outras peripécias.
É a esses anjos travessos que dedico este texto de fim de ano, não sinto saudades dessas travessuras, pois minha parte sei que fiz e dei muito trabalho, somente admiro estas proezas que só criança consegue fazer e vez ou outra tiro uma casquinha pra relembrar, pois ninguém é de ferro, as trapalhadas diminuem, mas a criança nunca morre!
Um 2011 renovador para todos, beijo no coração.